ARIVANE DE ARAUJO COSTA

domingo, 22 de agosto de 2010

Usos pedagógicos da WEB 2.0

Tem-se falado muito sobre os impactos das tecnologias da web no comércio, na mídia e nos negócios em geral, mas pouco ainda sobre seu impacto na educação. Entretanto, as tecnologias da web estão redesenhando a educação, criando novas e interessantes oportunidades de ensino e aprendizagem, mais personalizadas, sociais e flexíveis, apesar de muitas delas não terem sido produzidas especificamente para o e-learning.
Os novos tempos nos mostram que existem muitas oportunidades para mudanças no processo pedagógico, no entanto a academia tem sido conservadora e lenta para se adaptar a essas ferramentas e tecnologias.
Não há mais necessidade de salas de aula quadradas, com carteiras quadradas e quadro-negro quadrado, apesar de muitos ambientes de aprendizagem virtual tentarem copiar o modelo de sala de aula. Não tem cabimento atualmente um professor ficar na frente da sala “dando” aula. Fazíamos isso no tempo em que a professora passava o “ponto na pedra”. A preleção, como técnica didática, foi formalizada pelos jesuítas no século XVI, ou ainda antes, na Idade Média, na Grécia Antiga.
Hoje, o conhecimento se multiplica de uma forma exponencial e quase tudo está disponível na Internet. O YouTube, por exemplo, tem vídeos fabulosos que podem ser trabalhados com os alunos, mas poucos professores utilizam essa ferramenta para pesquisa e produção de seus alunos.
Além de crescer exponencialmente, diferentes formatos de conteúdo tendem a se misturar e a confundir seus próprios limites, ao que se deu o nome de mashup. No Google, hoje, por exemplo, realizamos diferentes atividades. É possível integrar chats a blogs, jogos a mensagens instantâneas.
As oportunidades são inúmeras. A educação está passando por uma revolução. Ela será totalmente diferente daquilo que conhecemos hoje e, quem sair na frente vai ficar em  vantagem.
O desenvolvimento da Web 2.0 aponta, para a migração dos softwares dos PCs para a web, e nesse sentido o professor e o aluno precisam também tornar-se proficientes no uso desses recursos disponíveis on-line. São muitas ferramentas que apontam para essa tendência: a oferta gratuita de aplicativos interativos na Internet, sem a necessidade de instalação no computador e sem a necessidade de fazer backups. Ou seja, nossos computadores estão migrando para a web, e os professores, alunos e instituições precisam entrar nesse novo mundo.

WEB 2.0

O conceito da Web 2.0 surgiu pela primeira vez em 2004, com o objetivo de criar uma sustentabilidade teórica para as mudanças que estavam ocorrendo na rede mundial de computadores. (GOMES, Ana Beatriz).
Nos primórdios da internet, procurava-se explorar, tanto técnica como financeiramente, todas as possibilidades oferecidas pela rede mundial. Com sua natural maturidade, a internet avançou de modelos técnicos e econômicos fracassados para uma Web de valor mais significativo para o usuário.
A evolução foi tão grande, aproveitando recursos tecnológicos atualmente disponíveis (popularização da banda larga e desenvolvimento de linguagens novas), que permitiu a criação de aplicativos extremamente parecidos com aqueles que rodam em nossos computadores pessoais, sem a necessidade de nenhuma instalação adicional. Ou seja, a Web 2.0 está próxima de ser um verdadeiro sistema operacional, como se fosse um Windows.
Portanto, essa nova internet reflete uma mudança significativa dos hábitos dos usuários, a ponto de vários especialistas considerarem a Web 2.0 uma revolução. No entanto, para outros a Web 2.0 não deixa de ser uma mera evolução, pelo fato de não mudar estruturalmente a rede mundial, mas apenas integrar vários recursos e ferramentas já existentes na Web, agregando valor para o internauta padrão de uma forma bastante inteligente.
A Web 2.0 deu origem ao que foi batizado de desktop móvel, mas cuja denominação mais apropriada seria PC móvel, já que ela torna praticamente desnecessário ter um PC, pois é possível manter todo o conteúdo do seu computador on-line, manejando-o em qualquer momento e de qualquer máquina, incluindo aplicativos e mesmo sistemas operacionais.
Com o desenvolvimento da Web 2.0, a tendência é que o único software que precise estar instalado no PC seja um browser. Já se fala inclusive em Web 3.0, que incorporaria recursos de inteligência artificial, tornando as ferramentas ainda mais inteligentes e facilitando a organização e busca de informações.
Com tudo isso, está se vivenciando verdadeiramente uma nova geração de informática. Primeiramente, na década de 60, os mainframes, com as suas máquinas de grande porte, atendiam ( e ainda atendem) as grandes corporações. Somente para um empresa com altos recursos financeiros tinha sentido ter um computador desse tipo. Com o advento do PC (Personal Computer), a computação passou o poder de processamento para o simples cidadão – um computador para cada pessoa era o sonho de Bill Gates. E agora, com a Web 2.0, os usuários podem comemorar a facilidade de usar todo o potencial de colaboração da Internet como uma grande alavanca de apoio para os seus trabalhos profissionais, acadêmicos e pessoais. Ou seja, historicamente passou-se de grandes computadores nas empresas para um computador para cada usuário e agora muitos usuários e muitos computadores gerando valor para o cidadão.

Referência : http://www.fsd.edu.br/revistaeletronica/artigos/artigo16.pdf

01/04/2007


Ferramentas Web 2.0 na educação


A Internet como a conhecemos, com sua imensa variedade de conteúdos disponíveis para consulta, está se transformando e um novo paradigma se apresenta. Se antes, mudar de um site para outro através dos hiperlinks com um simples clique era algo fantástico, agora, de usuários passamos também a produtores de conteúdos. Colaboração é a palavra-chave da chamada Web 2.0 proporcionando ao usuário uma verdadeira democratização de uso da web, em que é possível não apenas acessar o conteúdo, mas também transformá-lo - reorganizando, classificando, compartilhando e, principalmente, possibilitando a aprendizagem cooperativa, o que, segundo Pierre Lévy, vai nos permitir construir uma inteligência coletiva.
O professor deixa então de ser o detentor do saber e transmissor de conteúdos, passando a ser o facilitador, aquele que estimula nos alunos a cultura de divulgar e debater idéias e que não apenas ensina, mas também aprende.
Há vários recursos web 2.0 que o professor pode utilizar para ampliar a capacidade dos alunos de elaborar textos, pesquisar sobre um assunto, emitir opinião e debater com outros usuários. Uma das primeiras ferramentas de Web 2.0 são os blogs.
Blog: Pela facilidade de edição, uma vez que não são necessários conhecimentos técnicos de construção de páginas, os blogs são uma excelente ferramenta educacional que permite a professores e alunos publicarem na Internet textos, narrativas, registros de aprendizado, notícias, poemas, análise de obras literárias, opinião sobre atualidades, relatórios de visitas e excursões de estudos, fotos, desenhos, vídeos e o que mais a imaginação permitir. A partir do sistema de comentários, o visitante é convidado e emitir sua opinião sobre os posts ou publicações, fazendo com que os alunos reflitam mais profundamente sobre os conteúdos, o que favorece o desenvolvimento do pensamento crítico, da reflexão, da leitura e, conseqüentemente, da escrita.
Os blogs podem ser desenvolvidos pelos professores, pelos alunos ou por grupos reunidos em torno de um projeto comum. As publicações são apresentadas em ordem cronológica inversa, assinadas e com a data de publicação, tal como nos antigos diários.

Referência : http://novoblogbeta.blogspot.com/2007/04/ferramentas-web-20-na-educao.html

sábado, 14 de agosto de 2010

Referências de leitura na Internet

A coordenação pedagógica – aspectos práticos da gestão pedagógica e o uso de TICs

Do lado da coordenação pedagógica e da gestão da escola, as TICs já se encontram inseridas em muitos momentos, mas podem ser ainda bastante exploradas.
As reuniões pedagógicas, onde os professores têm que recorrer às suas velhas cadernetas para obterem informações mais precisas sobre o desempenho de seus alunos, podem ser bem mais dinâmimcas se a coordenação dispuser dessas informações já coletadas, centralizadas e transformadas em informações úteis. A geração de um boletim digital do aluno, que forneça suas notas, sua foto, sua frequência e seu desempenho global é uma ferramenta poderosa nesse momento.
Da mesma forma, todas as ocorrências disciplinares, afastamentos por licença médica e outras observações podem ser armazenadas digitalmente e tornadas acessíveis para essas reuniões. O trabalho para se produzir esse banco de dados não é maior do que o trabalho que já se tem para fazê-lo em papel e, além disso, as possibilidades decorrentes do uso do computador e das TICs ampliam em muito a potencialidade de uso dessas informações por permitirem diferentes agrupamentos de dados e formas de visualização das informações.
Como muitos professores ainda mantém apenas registros em papel, e nem sempre têm suas cadernetas atualizadas, a criação de meios digitais de armazenamento de dados, onde essas informações possam ser compartilhadas, abre perspectivas interessantes para uma gestão mais eficaz do cotidiano da escola. Se imaginarmos que todos os professores possam compartilhar um documento de registro que totaliza as informações sobre os alunos e permite que qualquer um deles e, em especial, a coordenação da escola, tenha acesso a essas informações em tempo real, estaremos então falando de um processo que pode ser avaliado sob demanda, em tempo real e de forma inovadora.
Isso não está distante da realidade das escolas do ponto de vista tecnológico, mas ainda está distante do ponto de vista dos paradigmas de gestão que ainda traçam os rumos das ações da gestão, da coordenação e dos próprios professores com base em uma praxe arcaica. Enxergar essas novas possibilidades e dar a elas a oportunidade de se mostrarem efetivas é parte de um processo de atualização da escola e da própria Educação. Não é mais possível continuar gerindo o processo educacional com base em teorias e práticas administrativas do século passado e esperar obter com isso a eficiência que gostaríamos de ter no século XXI.
REFERÊNCIA - http://professordigital.wordpress.com/2010/04/23/o-uso-das-tics-na-gestao-pedagogica-do-processo-de-ensino-e-aprendizagem/

Gestão escolar e novas tecnologias

Quantcast
Uma questão importante e, no entanto, pouco abordada comparativamente à sua importância, diz respeito à relação entre os gestores das unidades educacionais (UEs) e o uso das novas tecnologias de informação e comunicação (TICs) no ambiente escolar.
Embora seja um fato bem estabelecido que as escolas só tenham a ganhar com o uso das TICs, tanto do ponto de vista pedagógico como do ponto de vista gerencial, ainda há uma lacuna bem pronunciada entre a compreensão da necessidade desse uso e a implementação efetiva dessas novas tecnologias na escola.
O uso das novas tecnologias que, em um primeiro momento, se parece com um complicador a mais na árdua tarefa de gestão do ambiente escolar, acaba se mostrando uma solução simplificadora na medida em que pequenas ações vão se somando e produzindo uma escola mais dinâmica, com um ensino de melhor qualidade e uma gestão menos complexa.
Muitos gestores têm tanta dificuldade em lidar com essas novas tecnologias quanto o corpo docente da escola e isso lhes dá, assim como dá ao corpo docente, a falsa impressão de que a tecnologia é um complicador a mais e, por isso, quanto menos tecnologia mais simples será o processo de gestão da escola. Mas esse é um erro conceitual que a prática vem mostrando ser danoso.
Escolas que abraçaram o uso das novas tecnologias e modernizaram tanto a prática pedagógica quanto os processos administrativos descobriram que é possível realizar as mesmas tarefas que antes com um esforço muito menor e, além disso, perceberam que as novas tecnologias também criam novas possibilidades que não existiriam sem elas.
Investir no uso das novas tecnologias não demanda a elaboração de projetos mirabolantes e nem a necessidade de recursos exorbitantes. Esse investimento pode ser gradual, com pouco ou nenhum recurso, e não precisa estar atrelado a um projeto específico da Secretaria de Educação, da Diretoria de Ensino ou de alguma instituição paralela.
A gestão escolar pode implementar um projeto de uso das novas tecnologias a partir do levantamento dos usos atuais dessas tecnologias e de um plano de ação, ou plano de metas, que tenha como objetivos, pelo menos:
  1. A inclusão digital de alunos e professores da escola
  2. A informatização dos dados dos alunos e dos professores e a correspondente geração de relatórios administrativos e pedagógicos
  3. O uso da Internet e de seus recursos Web 2.0 e a implementação de meios de comunicação eficazes com alunos, professores e com a comunidade
Ações que permitem implementar esse plano de ação incluem:
  1. Abertura da Sala de Informática da escola ao uso dos alunos e professores
  2. Estabelecimento de parcerias estratégicas com a comunidade
  3. Disponibilização de recursos tecnológicos aos professores e aos alunos
  4. Inserção das TICs nos projetos pedagógicos da escola
O gestor não precisa ter um grande domínio da tecnologia para implementar essas ações e gerir esse plano, mas precisa ter sensibilidade para procurar na própria escola e na comunidade as pessoas que têm uma proximidade maior com essas tecnologias e delegar a elas as tarefas que requerem implementações práticas. Cabe ao gestor o papel de criar e manter condições para que essa equipe possa trabalhar com autonomia e disponibilidade de recursos, sendo o ingrediente fundamental para o sucesso desse projeto apenas a predisposição dos gestores ao uso das TICs.
A escola atual ainda está muito presa a amarras antigas que acabam tornando a gestão “uma atividade burocrática e um eterno serviço de bombeiro, que está sempre apagando incêndios“, ao invés de permitir a ela uma atividade de gerenciamento inteligente de recursos e projetos. Se, por um lado isso é verdade em muitas escolas, por outro, a única forma que quebrar esse circulo vicioso é tomando firmemente a decisão de quebrá-lo.
Há muitas experiências de sucesso que podem ser compartilhadas e adaptadas, mas para isso a gestão precisa procurar sua própria inserção digital e precisa aprender a trabalhar de forma colaborativa também com seus pares. Diretores e coordenadores que “não tiram o pé da escola” e não procuram soluções entre seus pares, dificilmente verão nascer dentro de sua própria escola as soluções que gostariam de ver implementadas e, mais dificilmente ainda receberão algum “pacote de soluções prontas”.
Referência - http://professordigital.wordpress.com/2009/02/16/gestao-escolar-e-novas-tecnologias